Conheça a trajetória de Marcelo Silva, o ultramaratonista do Nordeste de Amaralina
- Tiago Queiróz
- 28 de ago.
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de set.

A palavra superação resume a trajetória de vida de Marcelo Santos Silva, 42 anos. Nascido e criado no bairro da Santa Cruz, em Salvador, ele é filho de comerciantes e traz consigo o legado dos pais, já falecidos: a certeza de que “somente através do trabalho e dos estudos seria possível conquistar algo e garantir o nosso espaço”.
Formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Marcelo levava uma vida estável. Atuava no atendimento a animais silvestres e exóticos, era pai de dois filhos e seguia sua rotina sem grandes sobressaltos. Até que um detalhe mudou completamente sua perspectiva.

"Na correria do dia a dia, entre trabalho, estudos e família, percebi que, apesar da carreira construída, estava negligenciando o cuidado com o meu corpo — não na parte estética, mas na saúde. Fruto de má alimentação, noites mal dormidas e sedentarismo, acabei descobrindo, em uma avaliação médica, que estava com obesidade, gordura no fígado e hipertensão. Na época, cheguei a pesar 126 kg. Com filhos pequenos, tive um start e percebi que precisava dar uma virada de chave", recorda.

A transformação começou em dezembro de 2015, com mudanças simples, mas consistentes. Marcelo ajustou a alimentação, buscando refeições mais leves e saudáveis, e deu os primeiros passos na prática de atividade física.
"Iniciei com caminhadas curtas de 20 minutos. Naquele momento, não tinha condicionamento nem para correr 200 metros. Com o tempo, o que era desconfortável virou prazer. A perda de peso gradativa me trouxe mais leveza e condicionamento. Foram mais de 50 kg eliminados ao longo do processo. Aprendi que os resultados só vêm com constância e disciplina. Além disso, a busca pela saúde física também fortaleceu a minha saúde mental", conta.
A disciplina e os novos hábitos abriram caminho para desafios maiores. Marcelo encontrou no Grupo de Corrida Aquathlon Amaralina o incentivo para evoluir.
"Quem não corria 100 metros, passou a correr 200. Depois, 1 km. Em maio de 2016, participei da minha primeira prova oficial, de 6 km. A corrida de rua é uma crescente, e cada conquista se torna motivação para ir além", destaca.




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