Após amputação de perna, Emerson Pinheiro deixa hospital e mira futuro no esporte
- Tiago Queiróz
- 17 de set.
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Um mês após o acidente que resultou na amputação de sua perna, o corredor Emerson Pinheiro, 29 anos, falou pela primeira vez à imprensa nesta terça-feira (16), em Salvador. Ao lado de familiares, amigos e advogados, ele destacou o processo de adaptação e reafirmou o desejo de seguir carreira no esporte, mas evitou comentar sobre o atropelamento.
“O próximo desafio é voltar a ficar de pé novamente. E daí, caminhar e tocar os treinos”, disse o atleta, que sonha em disputar as Paralimpíadas.
Estudante de Educação Física, Emerson pratica atletismo com mais intensidade há quatro anos, embora já corresse desde 2014, quando se alistou no Exército. Durante a coletiva, apareceu em cadeira de rodas, visivelmente mais magro.
“Manter a fé sempre. Independente de qualquer religião, a gente tem que ter fé. Desistir, jamais”, afirmou.

Decisão judicial
No mesmo dia da coletiva, a Justiça decidiu que o motorista Cleydson Cardoso Costa Filho, 26 anos, irá responder por tentativa de homicídio com dolo eventual, mas em liberdade provisória. Preso desde o acidente, ele deve deixar o Complexo Penal da Mata Escura nesta quarta-feira (17).
A decisão do juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira impõe medidas cautelares, como monitoramento eletrônico, proibição de dirigir e afastamento da vítima e de seus familiares.
Cleydson é administrador, empresário, ligado ao movimento cristão Legendários e filho da vereadora Débora Santana (PDT). À época da prisão, ele foi exonerado do cargo de secretário parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia.
O caso
O atropelamento ocorreu em 16 de agosto, no bairro da Pituba, área nobre de Salvador. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), Cleydson dirigia em alta velocidade, sob efeito de álcool, quando perdeu o controle do veículo, destruiu um quiosque e atingiu Emerson, que corria em um espaço destinado à prática esportiva.




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